Na primeira sessão de Assembleia
Municipal de 2012, que decorreu na passada sexta feira, o Bloco de
esquerda apresentou uma moção onde defendia a reposição do normal
funcionamento do Centro Hospitalar do Vale do Ave e a qualidade do
serviço nacional de saúde no concelho.
Este assunto tem merecido toda a
atenção do Bloco de Esquerda, e no decorrer das acções levadas à
Assembleia da República pelos deputados do BE, também o grupo municipal
entendeu que era da maior importância trazer este assunto para a ordem
do dia.
A moção, exigia que o governo nomeie
o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Alto Ave, e
manifestava-se contra os cortes nos serviços e encerramento dos Centros
de Saúde ao fim-de-semana e feriados.
Guimarães depara-se com um grave
problema de saúde: aquilo a que vimos assistindo com os sucessivos
cortes impostos por este governo é no fundo o desmantelar do serviço
nacional de saúde: o esvaziamento de serviços, o corte nas
especialidades, o corte nas horas extraordinárias, a não contratação de
pessoal configuram uma situação perigosa que põe em causa um direito
essencial e que põe em causa a vida dos cidadãos e cidadãs que vêem
dificultado o acesso aos cuidados públicos de saúde.
O desinvestimento no serviço público
beneficia o sector privado que tem investido em áreas onde deixa de
existir serviços públicos. O dever do estado é assegurar uma saúde para
todos, e não promover negócio.
Nesse sentido apelamos que os partidos votassem favoravelmente a moção, mostrando dessa forma que põe de facto os interesses da população desta terra e desta região acima de quaisquer outros.
É de salientar que votaram favoravelmente, juntamente com o Bloco de
Esquerda, os deputados municipais do PS, e da CDU. Os deputados do CDS e
PSD numa atitude seguidista, votaram contra esta moção. Daqui se pode
facilmente ler que PSD e CDS não querem uma melhor saúde na região nem
estão preocupados com a situação que se vive. Esta atitude demonstra bem
que estes dois partidos, não defendem os interesses das populações nem
no poder central nem a nível local.
A moção aprovada por maioria será enviada ao ministério da saúde. Ler a moção.
Notícia publicada no blogue do BE/Guimarães
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